sábado, 6 de dezembro de 2014

Review: "The Awakening" - D.A.M



Se existe uma banda que consegue nos surpreender a cada lançamento, esta banda é a D.A.M. "The Awakening", o novo álbum do grupo mineiro liderado por Guilherme de Alvarenga, nos apresenta uma evolução em sua produção e sonoridade - que já eram excelentes em seus trabalhos anteriores -, o que fez a banda se superar ainda mais em suas impecáveis composições.

Em seu EP de estreia, "Possessed" (2013), a D.A.M apresentou um Death Metal Melódico mais em evidência, além de mais peso em sua sonoridade. Já em "The Awakening" o estilo, obviamente, ainda é forte. Porém, a banda soube trabalhar precisamente em cima dos elementos de outros gêneros (como do Power Metal, Symphonic Metal e a música clássica), o que funcionou de perfeitamente bem. Aliás, se as pitadas da música erudita já tinham destaque anteriormente, em "The Awakening" elas ganham mais espaço, estando praticamente ao longo de todo álbum, até mesmo nas faixas mais pesadas - isso até nos surpreende pela forma em que foi trabalhado, já que é evidente o cuidado que o compositor teve para chegar a essas impecáveis produções. 

Aliás, essa diversidade não só serve para engrandecer as composições, como também para a criação de um álbum até, digamos, variado - enquanto as faixas "Alone" e "Ilusions" possuem um andamento mais lento e com mais ênfase à melodia, a "The Great Work (Magnum Opus Pt 1)" e a "The Awakening" têm passagens mais velozes e com certo peso. A "Lies", "Nightmare (T.M.S. pt IV)", "Separation" e "Reborn from the Shadows" também são boas pedidas para a ilustrar toda a dinamicidade do disco, com características eruditas em evidência, assim como trechos rápidos e agressivos do Death Melódico. Por sinal, o investimento em uma ótima melodia, mas sem deixar a agressividade de lado, ainda permanece firme em "The Awakening". 



O que também chama a atenção é a evolução nos vocais rasgados de Guilherme Alvarenga, que estão ainda mais encorpados e bem equilibrados às composições. Além disso, os vocais limpos também são dignos de admiração, e se encaixam perfeitamente em suas músicas. Os riffs e solos de guitarras são muito cativantes e bem construídos, além das excelentes linhas de baixo. E por último, mas não o menos importante, os teclados continuam sendo um dos pontos fortíssimos da D.A.M, com os arranjos que nos fazem arrepiar até os ossos, proporcionando uma harmonia fora do comum! 

Em "The Awakening", a D.A.M segue investindo em suas marcas já registradas, porém, ainda mais trabalhadas, dando mais ênfase a todos os detalhes que constituem suas composições. Aliás, também é notória a sua conexão com os álbuns anteriores. Com isso, e também com sua evolução, ficamos ainda mais ansiosos pelo próximo lançamento. 

Podemos dizer que "The Awakening" é uma excelente ilustração da ideia original da D.A.M, agregando elementos da música clássica com os do Heavy Metal, o que resulta em grandes composições que são merecedoras de máxima atenção! Lembrando que um trabalho como esse só poderia ter sido fruto de uma exímio trabalho e dedicação à música. 

~ Nota: 10/10

Tracklist:

1) "From the Ashes (T.J.O.T.F)"
2) "The Great Work (Magnum Opus Pt 1)" 
3) "Reborn from the Shadows"
4) "Lies"
5) "The Breaking Point (T.M.S PT IV)"
6) "Illusions"
7) "The Awakening"
8) "Violated Angel"
9) "Nightmare (T.M.S Pt II)"
10) "Separation"
11) "Alone"
12) "Thelema (Magnum Opus Pt II)"

Line up: 

Guilherme de Alvarenga - vocal/teclado
Edu Megale - guitarra
Caio Campos - Baixo

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