quarta-feira, 28 de maio de 2014

Angels Holocaust: "evoluir é um desafio necessário"



Formada em 2009 pelo vocalista Rodrigo Cafundó, o Angels Holocaust já lançou três EPs, com os quais foram o suficiente para conquistar o seu merecido reconhecimento no cenário Heavy Metal brasileiro. E, neste ano, a banda de Itapetininga, São Paulo, está trabalhando a todo vapor para o lançamento de seu primeiro álbum.

Em entrevista ao Wildchild, Rodrigo Cafundó deu detalhes sobre o novo trabalho do Angels Holocaust, além de outras novidades reservadas para este ano. A entrevista na íntegra pode ser conferida a seguir.

Agradecimentos: Marcelo Beckenkamp


Wildchild: Vocês anunciaram que um videoclipe para a música “Crystal Night” está a caminho, assim como para a faixa “SS The Truth Behind”. Como se deu a escolha dessas músicas para o clipe e de onde veio a ideia de lançar dois vídeos consecutivamente?

Rodrigo Cafundó: Olá! Primeiramente, muito obrigado pelo espaço. É uma honra podermos falar um pouco sobre a banda para o teu público. Muito legal! Bem, essas são as faixas do nosso EP “Crystal Night” e apostamos no potencial dessas músicas. Com relação aos vídeos, acredito que seja uma boa forma de apresentar a nossa música para diversos públicos (fator potencializado com os vídeos) e tivemos a ideia de fazer os dois vídeos na sequência. Estamos muito motivados e queremos produzir muito conteúdo sobre o Angels Holocaust.

Wildchild: Além das filmagens para o clipe, vocês também estão concentrados na pré-produção de seu novo álbum. Como é o processo de composição entre vocês?

Rodrigo: Sim! Finalmente estamos pré-produzindo e arranjando as músicas do primeiro álbum completo da banda. Nós trabalhamos, essencialmente, nos riffs do nosso guitarrista, Filipe Barrientos. Ele surge com diversas ideias, é muito criativo e capta perfeitamente todo o conceito lírico da banda. Após ele trabalhar os arranjos, ensaiamos e adicionamos nossas características, nossas influências. Tem dado certo e estou muito empolgado com os novos sons.

Wildchild: Além do Norcal Studios, onde foi gravado o EP “Crystal Night”, vocês anunciaram que também irão registrar o material no DRK Studios. Por que foi tomada esta decisão de gravar em dois estúdios?

Rodrigo: Nós certamente iremos trabalhar com o Vinícius Almeida, produtor e proprietário do DRK Studios. Ele é um grande produtor e compreende perfeitamente as ideias da banda. O Norcal Studios é fantástico! É o sonho de consumo para qualquer músico. Nossa intenção é de utilizar os recursos e expertise de todos os excelentes profissionais que estão a nossa volta. Ainda precisamos definir uma série de pontos da gravação do álbum da banda.

Wildchild: A produção ficará a cargo novamente de Edu Falaschi (Almah). Como foi o primeiro contato com ele e por que decidiram mantê-lo como produtor nos registros da Angels Holocaust?

Rodrigo: Edu Falaschi é, facilmente, um dos melhores produtores do planeta. Ele possui uma visão muito clara e assertiva dos processos de uma banda. Achei fantástico trabalhar com ele no EP e ainda não temos uma definição se iremos fortalecer a parceria para os próximos lançamentos, mas, posso afirmar que é um grande desejo poder trabalhar com o Edu novamente. Ah, o primeiro contato foi incrível! Sempre estive atento ao trabalho do Edu e, desde o Symbols, eu acompanhava sua carreira. Naquele ponto, ele ainda era o vocalista do Angra e o contato inicial foi por telefone, ali eu tive a certeza de estar cercado da pessoa certa! Edu Falaschi é, além de excelente produtor, uma figura incrível. Caráter, humildade e muito conhecimento. Sou fã do Edu e eternamente grato por tudo o que fez pela banda.

Wildchild: Foi divulgado que o álbum abordará um tema “pouco debatido pelas bandas brasileiras”. Sendo assim, qual é o conceito por trás da obra?

Rodrigo: Abordaremos a história do Brasil! Estou construindo o conceito lírico e boa parte do álbum já está escrita. Pretendemos abordar o tema (História do Brasil) de forma crítica e intensa. Traçamos uma linha do tempo extensa. Iniciamos com o Tratado de Tordesilhas e pretendemos finalizar o conceito chegando até os acontecimentos atuais, de momento. É um grande desafio, estou estudando muito sobre o nosso país e ouvindo muita gente boa para formatar todo o conceito lírico da obra.

Wildchild: Considerando o início de carreira da Angels Holocaust, desde o seu primeiro EP “Auschwitz (Lost Dreams)”, vocês já enxergam uma evolução neste novo trabalho?

Rodrigo: Sinceramente, sim! Como tudo na vida, estamos em constante evolução. Eu, particularmente, acho que estamos evoluindo de forma muito intensa. Tenho gostado muito de trabalhar nas novas canções e estou ansioso para mostrar para todos as novas músicas da banda. Evoluir é um desafio necessário.

Wildchild: A banda foi formada em 2009 e, desde então, lançou três EPs que foram muito bem recebidos pelo público e pela crítica especializada. Por que vocês decidiram lançar uma série de EPs ao invés de um álbum completo de imediato?

Rodrigo: Somos uma banda do underground. Todos os integrantes possuem seus empregos regulares e não vivemos da música. Logo, o investimento para gravar um debut álbum de qualidade é muito alto. É muito difícil lançar um álbum de qualidade sem um investimento de peso. E nós também precisávamos saber como as faixas soariam num estúdio de ponta. Por isso, optamos por gravar o EP “Crystal Night” no Norcal Studios com a produção do Edu Falaschi. Acho que acertamos.



Wildchild: Com a agenda de atividades que se intensifica cada vez mais ao longo dos anos e 2014 a todo vapor, o Angels Holocaust realizou uma nova parceria e adotou a estratégia de inserir um assessor de marketing e planejamento na equipe. Quem foi o escolhido? Conte-nos um pouco sobre ele e mais detalhes dessa união.

Rodrigo: Após um período de incertezas com muitas trocas de formação, felizmente, temos de volta outros dois membros fundadores do Angels Holocaust: Filipe Barrientos e Marcelo Antunes. Além deles, contamos com o retorno do nosso baixista Rodrigo Vieira e, estamos extremamente motivados, felizes e prontos para produzir muito com a banda. Nesse cenário, era inevitável que precisássemos de auxílio. Conheço o Marcelo Beckenkamp faz tempo e sempre acompanhei seu engajamento nas questões de comunicação. Pensei que seria um parceiro importante para a banda e sua atuação como assessor de comunicação e marketing tem sido muito positivo para a banda. Espero que a parceria perdure e que, juntos, conquistemos muitas coisas para o Angels Holocaust.

Wildchild: Você tem participado da campanha “Escrevendo outra canção – Campanha Nacional para Doação de Órgãos” , idealizada pela família e amigos do guitarrista Paulo Schroeber que, infelizmente, faleceu meses atrás. Como surgiu esta iniciativa de se aderir à causa? 

Rodrigo: Nós fomos procurados por amigos e familiares do Paulo e, prontamente aceitamos, muito honrados, em ser a primeira banda a participar efetivamente da campanha. A perda do Paulo foi extremamente sentida por todos, era um talento incrível, um guitarrista único que irá deixar saudades. Mas antes do músico, tem o lado humano, a família, amigos e milhares de pessoas que aguardam por um transplante. É necessário que as pessoas tenham a dimensão da importância da Doação de Órgãos e Tecidos, não se esquecendo também da Doação de Medula Óssea e de Sangue.
Estamos de prontidão para qualquer ação que o grupo “Escrevendo Outra Canção” possa precisar da nossa ajuda. Será sempre um prazer e, seja você também um doador!

Wildchild: Há boatos que giram em torno do Angels Holocaust, em que, segundo informações não confirmadas, a banda estaria preparando uma surpresa aos fãs e que poderá surgir o nome de Andre Matos (ex-Viper, Angra e Shaman). Esses rumores procedem?

Rodrigo: Seria perfeito, hein? Mas infelizmente são boatos. Não há nada nesse sentido mas, seria como um sonho realizado. Andre é um dos ícones do Metal Nacional. Começou a sua brilhante carreira muito cedo e o VIPER foi uma das minhas influências. Tive apenas dois contatos com o André Matos, um em 2004 quando ele ainda estava no Shaman e, no ano passado, quando fizemos a abertura do seu show solo, em Sorocaba. Sempre muito cordial e educado mas, infelizmente, são mesmo boatos.



Wildchild: Ainda no assunto Andre Matos, como foi realizar a abertura do show dele e do Almah, de Edu Falaschi?

Rodrigo: Foram momentos marcantes da nossa curta carreira. O show de abertura para o André Matos foi em Sorocaba, no Pirilampus bar. Nosso assessor de comunicação, Marcelo Beckenkamp, intermediou os primeiros contatos com a produção do show e, após esse contato inicial, encontramos um produtor de shows da mais alta qualidade; Eduardo Lia, da Sorocaba Rock, é um produtor excelente, trata e recebe as bandas com muito respeito. Dá condições para o desenvolvimento do show. Sou suspeito para falar do Lia. Voltando a questão (risos), foi incrível fazer a abertura do show do Andre Matos, uma referência para o estilo. 

Com relação ao ALMAH, desde que produzimos o EP com o Edu, tínhamos o desejo de poder ter uma oportunidade para dividir o palco com a banda e, graças aos amigos da banda Perc3ption, dos excelentes Glauco Barros e Rick Leite, foi possível realizar mais este sonho. Mas o melhor está por vir! Temos mais uma data confirmada com o ALMAH, em Agosto deste ano.

Wildchild: Muito obrigado pela entrevista! Agora deixo o espaço para você!

Rodrigo: Nós é que agradecemos a toda equipe do Wildchild pelo espaço! Obrigado pelo apoio e amizade, pessoal.  Estamos em ritmo intenso, temos diversos projetos acontecendo ao mesmo tempo e, em breve, teremos muitas novidades sobre a banda. Aproveito para convidar a todos os leitores para conhecer nosso trabalho e, seguir nossas ações, Curtindo os nossos canais oficiais de comunicação:


Abraços e, stay METAL!


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